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rua augusta 331 consolação tels:3255-8448 * 3257-8129

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Crítica: Fatia de Guerra


do site: http://ratoletrado.wordpress.com/2013/01/30/as-ogivas-mentais-de-fatia-de-guerra-em-cartaz-no-club-noir/

As ogivas mentais de “Fatia de Guerra”, em cartaz, no Club Noir

Em Teatralidade em Janeiro 30, 2013 às 2:00 pm
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Paula Spinelli e Renato Forner (Foto: Divulgação)
A sala era escura, mas já haviam avisado. O público se acomoda em silêncio na sala doClub Noir. Em torno das 21h de ontem (30), a Mostra Brasileira de Dramaturgia Contemporânea seguia com “Fatia de Guerra”, o 5º texto de uma ordem de sete. 50 minutos mais tarde, a peça termina e o mesmo silêncio continua, entrecortado apenas pelo choro contido de um homem na cadeira ao lado. Alguém desperta e aplaude, seguido por todos. O homem se levanta, passa pelo corredor e se junta na fila que já saía. Ele soluçava. Com Juliana Galdino, Paula Spinelli e Renato Forner no palco, o RA-TO-LE-TRA-DO foi assistir à encenação de Roberto Alvim e texto de Andrew Knoll.
No enredo, uma guerra está acontecendo. Tiros e bombas espreitam os arredores de uma casa e de uma família. Pai, filha e um cão doente. O homem quer evitar o sofrimento do animal e decide sacrificá-lo. Conflitos internos e externos são contados sob o três pontos de vista.
Juliana Galdino (Foto: Divulgação)
Juliana Galdino (Foto: Divulgação)
O trio não se movimenta no palco, dando espaço ao texto descritivo. As imagens mentais criadas se encadeiam no ritmo das vozes, e acabam por justificar o minimalismo de elementos na cena. Durante um depoimento, outra personagem pede uma pausa e sugere uma correção. A alteração é incorporada e o discurso atualizado, repetido. O escuro da sala e o silêncio do público se tornam terra fértil para imaginar essas cenas, rebobinadas como num filme. O espetáculo é mental.
E a nuvem de conflitos cobre a plateia que quase não respira. A voz dos atores atravessa a sala e fica palpável. O cão narra a cara do dono prestes a disparar um tiro, o dono busca energia e coragem para fazê-lo. A menina inocente observa. Tudo em câmera lenta. “Quase tudo ao mesmo tempo”, diz o cão. E tudo se apaga.
“Fatia de Guerra” segue até 7 de fevereiro.
Serviço:
“Fatia de Guerra”
Terças, quartas e quintas, às 21h
Club Noir
Rua Augusta, 331 – Consolação
Tel.: (11) 3255 – 8448 / 3257 – 8129
Entrada Franca (Ingressos distribuídos com uma hora de antecedência)
Texto: Leandro Nunes
“Quanto mais queijo, menos queijo”

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Club Noir é indicado ao Prêmio Governador do Estado para a Cultura com o projeto PEEP CLASSIC ÉSQUILO




Prêmio Governador do Estado para a Cultura 

Divulgados os finalistas do Prêmio Governador do Estado para a CulturaO site oficial do Prêmio Governador do Estado para a Cultura entrou no ar hoje (14/1), nowww.premiogovernador.sp.gov.br, revelando quem são os artistas e instituições finalistas em suas nove categorias: Artes Visuais, Cinema, Circo, Dança, Teatro, Música, Inclusão Cultural, Mecenato e Instituição Cultural. Cada categoria tem cinco personalidades ou instituições, todas escolhidas por comissões especializadas.

O objetivo do Prêmio é prestigiar quem se destacou em 2012 por sua produção artística ou apoio à cultura. Atualmente, é a maior premiação deste tipo oferecida em reconhecimento a artistas em instituições por um governo estadual - no total, serão distribuídos R$ 520 mil. Além do prêmio em dinheiro, os ganhadores também vão receber um troféu criado especialmente para esta edição, pelo artista plástico Luiz Hermano, que se inspirou na arquitetura da capital paulista para compor as peças.

Em cada área haverá dois vencedores, um escolhido por comissões julgadoras e outro por voto popular. Os vencedores do voto popular serão escolhidos pelo público por meio da internet. A votação já está aberta e continuará até a véspera da cerimônia de entrega, em data a ser definida.

Assim como no ano passado, as categorias Instituição Cultural e Mecenato terão apenas voto popular. A primeira é destinada a instituições sediadas ou com unidades no Estado de São Paulo que desenvolvem atividades culturais. Na segunda, concorrem empresas que realizam atividades de financiamento e promoção cultural.

Já os vencedores do júri serão escolhidos por comissões julgadoras formadas por artistas, estudiosos e críticos de cada área. Cada ganhador desta modalidade receberá R$ 60 mil, além do troféu.

Destaque CulturalNeste ano, o Prêmio Governador do Estado para a Cultura traz uma grande novidade com relação ao Destaque Cultural. Até o ano passado, o Destaque era escolhido entre os finalistas de todas as categorias; a partir deste ano, ele será apontado por uma comissão especial e anunciado antes da cerimônia.

Isso porque os demais finalistas foram elencados com base em sua produção artística do ano passado; já o prêmio Destaque Cultural é mais abrangente: tem o intuito de homenagear um artista com base no conjunto de sua obra e em seu histórico de vida.

O ganhador do Destaque Cultural receberá prêmio em dinheiro no valor de R$ 100 mil.

HistóricoCriado na década de 50, o Prêmio Governador do Estado para a Cultura marcou várias gerações de artistas paulistas pelo reconhecimento que proporcionava à atividade. Ele deixou de ser entregue por mais de duas décadas até ser retomado, em 2010, pela Secretaria de Estado da Cultura.

Ao longo de sua história, premiou artistas como Cleyde Yáconis (1953, 1958 e 1961), Stênio Garcia (1966), Berta Zemel (1961 e 1967) e Esther Góes (1973). Em 2010, primeiro ano da retomada, foram premiados o músico Tom Zé, a artista plástica Amélia Toledo e a atriz Nydia Lícia, entre outras perrsonalidades.

Em 2011, o Prêmio consagrou a organizadora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Renata de Almeida, como o Destaque Cultural do ano. O artista plástico Fernando Lemos, os diretores de cinema Marco Dutra e Juliana Rojas, o Ballet Stagium e o coordenador da Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa), Sérgio Vaz, também foram premiados em suas categorias.


O regulamento completo do Prêmio Governador do Estado está disponível nos sites www.premiogovernador.sp.gov.br ewww.cultura.sp.gov.br.

CONFIRA OS FINALISTAS 2012

Artes VisuaisAnna Maria Maiolino: Prêmio MASP Mercedes-Benz de Artes Visuais 2012 - MASP
Aracy Amaral: Exposição Exercícios no Olhar – MLS
German Lorca: Mostra German Lorca Fotografias: Acontece ou faz acontecer?  - MAM
José Resende: Canteiro de Operações (intervenção Ramal da Moóca)
Regina Silveira: Intervenção na exposição Gravura em Campo Expandido – Pinacoteca

CinemaBeto Brant e Renato Ciasca: Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios
Cao Hamburguer: Xingu
Helena Ignez e Ícaro Martins: Luz nas Trevas
Marcelo Machado: Tropicália
Ninho Moraes e Francisco Cesar Filho: Tropicalismo Now

CircoAssociação Amigos do Centro de Memória do Circo: Centro de Memória do Circo - Galeria Olido
Bruno Edson: Espetáculo Equilibrista, com as técnicas desenvolvidas pelo artista em mais de 50 anos de carreira
Cesar Guimarães: Percussor da união das linguagens tradicional e contemporânea
Eminia Silva: Coordenadora do CIRCUS - Grupo de Estudo e Pesquisas das Artes Circenses e principal organizadora do site "circonteudo"
Fernando Sampaio: Diretor e Palhaço do circo Zanni e do grupo La Mínima

DançaCisne Negro Cia de Dança: Quebra Nozes
Luis Arrieta: A Ponte
Luis Ferron: Baderna
Mauricio de Oliveira: Nigredo
Ruth Rachou: Programa de Formação em Dança

Inclusão CulturalAgência Solano Trindade: Ações de Economia Criativa
Instituto Pombas Urbanas: Festival de Teatro Comunitário
Rádio Comunitária de Heliópolis: Rádio Comunitária de Heliópolis FM
Reviva Rap: Festival Reviva Rap
Zulu Nation Brasil: Casa do Hip Hop

MúsicaArismar do Espírito Santo - CD Alegria nos Dedos
Jamil Maluf- Orquestra Experimental de Repertório
Kiko Dinucci- CD Metal, Metal
Lea Freire - Conjunto da Obra
Luiz Tatit - Zélia Duncan Tô Tatiando, Caixa do Rumo

TeatroCia Club Noir - Peep Classic Ésquilo
Cia São Jorge de Variedades - Barafonda
Grupo Lume - Os Bem Intencionados
Opovoempé- Máquina do Tempo
Teatro da Vertigem - Bom Retiro, 958 metros

Instituição CulturalCasa de Francisca
Cooperativa Paulista de Dança
Itaú Cultural
SESC SP
Videobrasil


MecenatoBanco do Brasil
Banco Itaú
PETROBRAS
SABESP
Votorantim
Fonte: Assessoria de imprensa - SEC
Data: 14/01/2013
Prêmio Governador do Estado para a Cultura
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Folha de São Paulo:


15/01/2013 - 15h45

Peça "Fatia de Guerra" aposta em linguagem inovadora


GUSTAVO FIORATTI

DE SÃO PAULO

"O mundo lhes apresenta... A linguagem da dor." A frase pertence ao texto "Fatia de Guerra", do dramaturgo curitibano Andrew Knoll, que a companhia Club Noir leva ao palco de sua sede, em São Paulo, a partir desta terça-feira (15), com direção de Roberto Alvim.
Da dor física à angústia em relações familiares, são fartas as opções de dores sintetizadas pelo escritor em uma simples situação: um homem que vai sacrificar sua cadela adoentada para que ela não sofra mais. Sua filha, uma criança, assiste à cena. Acidentalmente, talvez. E a memória daqueles minutos se estende pelo tempo.
Para representar o compartilhamento --entre pai, filha e cadela-- do momento que se expande a partir do estampido de três tiros, Knoll tece paisagens de uma região desértica iluminada por clarões súbitos, em referência aos horrores de uma possível guerra. Em cena estão três atores: Juliana Galdino, Renato Forner e Paula Spinelli.
O espetáculo está no programa de oito peças de jovens escritores brasileiros que o Club Noir está apresentando, um por mês, desde o ano passado (este é o sexto texto da mostra). O projeto ainda encenará "Agro Negócio", de Marco Catalão (estreia prevista para fevereiro), e "Grimorium", de Alexandre França (estreia em março).
As encenações dão continuidade à pesquisa formal da companhia, com gestos minimalistas, momentos de imobilidade absoluta entre os intérpretes e iluminação reduzida.

FATIA DE GUERRA
ONDE Club Noir (r. Augusta, 331, Consolação; tel. 0/XX/11/3255-8448)
QUANDO ter., qua. e qui., às 21h
QUANTO grátis (senhas distribuídas uma hora antes do início do espetáculo)
CLASSIFICAÇÃO 16 anos

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Toda a obra de Ésquilo em 3 dias

NOVOS HORÁRIOS PARA AS ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES DE PEEP CLASSIC ÉSQUILO




toda a obra de ÉSQUILO
em 3 dias:

PEEP CLASSIC ÉSQUILO
reestreia dia 11 de janeiro no CLUB NOIR
-vencedor do Prêmio APCA 2012
-eleito a Melhor Estréia Nacional de Teatro pela FOLHA DE SÃO PAULO
-indicado ao Prêmio BRAVO! de Melhor Espetáculo do ano

PEEP CLASSIC ÉSQUILO
reestreia dia 11 de janeiro no Club Noir

sextas (20:00h): AS SUPLICANTES e OS PERSAS
sábados (20:00h): SETE CONTRA TEBAS e PROMETEU
domingos (19:00h): ORESTÉIA I e ORESTÉIA II

ingressos: 20 reais (inteira)

CLUB NOIR - Rua Augusta 331 (tels: 3255-8448 / 3257-8129)

sábado, 5 de janeiro de 2013

Fatia de Guerra estreia na Mostra Brasileira de Dramaturgia Contemporânea





O Club Noir já montou cinco peças inéditas da nova geração de autores brasileiros. Os textos desta mostra foram selecionados pelo diretor e dramaturgo Roberto Alvim entre centenas de obras recebidas de diversos Estados do Brasil. O projeto segue com as estreias de Agro Negócio, de Marco Catalão (de 12 de fevereiro a 7 de março), e Grimorium, de Alexandre França (de 12 de março a 4 de abril). Fatia de Guerra A ação é ambientada em um lugar deserto na região Sul do país, durante uma Guerra não definida. Neste clima, o autor lança um olhar profundo sobre a vida de uma família em uma fazenda, aproximando os dramas individuais ao horror da guerra. Tece uma rede de fios produzidos por afetos, memórias e paisagens em que os mundos se confundem, lançando perguntas sobre a origem de toda forma de violência. O texto permite múltiplas perspectivas, instaurando uma polifonia de subjetividades, aliada à coexistência de tempos e espaços distintos. Em meio a esta situação-limite, vive uma pequena e desestruturada família que habita uma fazenda perdida na imensidão dos campos. Um pai, uma filha (ainda criança) e uma cadela doente. A mãe está ausente. A trama se desenvolve em um único dia, aquele em que o pai sacrificará a cadela, como um ato de amor visando abreviar seu sofrimento. A encenação segue a linha de investigação da companhia, pautada por elementos, como a imobilidade dos atores, que se desdobram em movimentos mínimos, desacelerados, ambientados por uma luz fria e de penumbra. Trata-se de um trabalho minucioso dos atores em relação ao emprego musical da voz alternando ritmos, sensações e sobreposições. O projeto artístico do Club Noir sempre foi norteado pela encenação de dramaturgos contemporâneos. Para o diretor Roberto Alvim, "Fatia de Guerra, é uma peça cuja singular estrutura desvela, por meio de uma manipulação pouco usual da linguagem e da ação dramática, uma polifonia de novos modos de subjetivação até então nunca vista na dramaturgia brasileira. Os recursos formais de que o autor se utiliza diluem a diferença entre sujeito e objeto, mundo interno e mundo externo, vida e morte. A obra não define o que é passado e o que é presente. Instaura um insuspeitado espaço mental, no qual tudo pode ser interpretado como reminiscência; ou sonho; ou projeção de memórias; ou mesmo como a consagração de um eterno instante. A escrita de Andrew Knoll é repleta de imagens extraordinárias, que constroem mundos inaugurais na percepção do público". 

FATIA DE GUERRA - de 15 de janeiro a 7 de fevereiro de 2013 
Texto: Andrew Knoll
Direção: Roberto Alvim
Elenco: Juliana Galdino, Renato Forner e Paula Spinelli. 

Sinopse: O mundo visto pelos olhos de um cão doente, prestes a ser sacrificado por seu dono. Em meio a um cenário de guerra, diversas lutas íntimas são travadas, em uma peça que se instaura em deslocamentos entre pontos-de-vista insuspeitados: a visão do cão, a visão da paisagem, a visão de uma arma.