No começo de Abril, a Cia Club Noir estreará no Festival de Curitiba o espetáculo Hieronymus nas Masmorras, de Luis Felipe Leprevost.
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quarta-feira, 30 de março de 2011
Club Noir no FRINGE.
No começo de Abril, a Cia Club Noir estreará no Festival de Curitiba o espetáculo Hieronymus nas Masmorras, de Luis Felipe Leprevost.
sexta-feira, 25 de março de 2011
FOLHA DE SÃO PAULO. Ilustrada 25/03/2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
Exposição de Edson Kumasaka no Club Noir
sexta-feira, 18 de março de 2011
Metrópolis- TV Cultura- destaca o espetáculo PINOKIO.
O Estado de São Paulo: Roberto Alvim visita clássico de Collodi.
Do site: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110317/not_imp692968,0.php
Não são modestas as intenções do encenador. Depois de mergulhar na obra do norte-americano Richard Maxwell para compor Tríptico - um conjunto de três peças levado ao cartaz em 2010 -, Alvim volta-se agora a um texto de lavra própria. Debruçado sobre a fábula clássica de Carlo Collodi, visita a história do boneco transformado em menino para trilhar um percurso às avessas. Neste Pinokio, são os homens que passam pela experiência de tornar-se outra coisa, uma espécie de máquina surgida da sobreposição de pedaços de corpos e de objetos.
Na contramão de qualquer apego a uma suposta essência humana, o diretor demonstra-se devoto de uma ideia de identidade que não precisaria ser descoberta, mas forjada. "Existe uma recusa a essa máxima de "conhece-te a ti mesmo". A luta é por encontrar não dentro de nós, mas fora de nós, em outras paisagens, a ideia de humanidade."
Novas maneiras de existir e habitar o mundo demandam também uma nova linguagem. Para erigir o seu drama não dramático, Alvim dispõe de uma língua reinventada. Eivada de neologismos e construções sintáticas inusuais, a peça transporta o espectador a um lugar desconfortável, onde não é possível seguir a semântica do que está sendo dito.
A ambição, que resvala na proposta de precursores como o dramaturgo francês Valère Novarina, é a de criação de uma estrutura em que nada precisa ser necessariamente compreendido. Entra em derrocada a noção de entendimento, desponta a de experimentação.
Se o intuito que atravessa Pinokio é atingir o público em seus sentidos, isso não o torna menos cerebral. Ainda que Alvim não alardeie suas referências, é difícil não vislumbrar na sua ficção rastros e desdobramentos das proposições de filósofos, como Gilles Deleuze. Transversalmente, surgem evocações a conceitos cunhados pelo autor de Mil Platôs, como "linhas de fuga", "rizoma" ou "máquina desejante".
A transposição do texto à cena sugere uma continuidade do projeto estético no qual a Cia. Club Noir persevera desde sua criação, em 2008. Assim como nas montagens anteriores, será possível antever a marca de uma encenação minimalista: a luz rarefeita, a cenografia que tende ao abstrato, a elocução lenta, em que a palavra encontra relevos inesperados. Todos esses traços, porém, teriam atingido agora certo paroxismo.
Radicalizados ao extremo, o imobilismo e a propensão à escuridão levaram o grupo a um lugar praticamente sem saída. "É como se tivéssemos forçado esse sistema a um ponto que decreta a sua morte. Não tenho a menor ideia de para onde vamos depois deste trabalho, nem se é possível continuar a fazer peças." Talvez no teatro, como na vida, render-se ao desconhecido seja um risco que valha a pena correr.
PINOKIO
Club Noir. Rua Augusta, 331, telefone 3255-8448. 5ª a sáb., às 21 h; dom., às 20 h. R$ 10. Até 15/5.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Pinokio. Folha de São Paulo.
Espetáculo escrito e dirigido por Roberto Alvim, que estreia hoje, radicaliza experiências do grupo Club Noir
Inspirada na fábula "Pinóquio", peça busca a renovação teatral com dramaturgia desconexa e linguagem poética
GABRIELA MELLÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em "Pinokio", nova peça do grupo Club Noir que estreia hoje, uma personagem questiona-se sobre a invenção com a qual se defronta.
"O que era aquilo?", ela se pergunta antes de deixar de ser para sempre quem foi um
dia. "Aquilo, isto, o que é?" A cena retrata o primeiro contato de um homem com algo nunca visto, experiência tão desestabilizante quanto renovadora.
"Pinokio" é um convite para a plateia se confrontar com o desconhecido.
Busca a renovação da cena teatral, a reativação do poder desta arte de despertar sensibilidades adoecidas pelo fluxo contínuo de mediocridade que contamina o teatro e o mundo de hoje.
"Pinokio" é inspirado na fábula "Pinóquio", de Carlo Collodi (1826-1890).
O espetáculo escrito e dirigido por Roberto Alvim apropria-se do conceito de transmutação impregnado na história deste boneco que se torna homem para transformar seres humanos em uma outra coisa, através da hibridação de corpos e máquinas. O homem surge com status de ícone através de personagens que rejeitam o comportamento padrão da existência cotidiana.
ESTÁTUAS
Em cena, Juliana Galdino, Rodrigo Pavon e os demais atores mais parecem estátuas evocando um novo mundo, cuja atmosfera, criada por uma tinta a óleo preta que escorre das paredes do palco, é ao mesmo tempo negra e úmida.
""Pinokio" nasce da percepção de que a maneira como nós classificamos a condição humana é banal e limitadora. A arte não deveria reiterar a ideia de ser humano burguês. Arte tem a ver com liberdade", fala Alvim.
A trama inexistente, composta por uma dramaturgia bastante fragmentária, desconexa e próxima da lógica da poesia, chega ao extremo do essencial, dispensando muitas vezes o uso de frases completas.
Alvim restitui o poder oculto das palavras, servindo-se sobretudo de sua força primária, potencializada através da cena penumbral.
Sugere assim um universo misterioso, só passível de ser desvendado com a contribuição do inconsciente dos espectadores.
"A criação desta linguagem instiga o imaginário na invenção de novos significados, redefine a estrutura de pensamento e sensibilidade, reconstruindo o modo de estarmos no mundo", explica o diretor.
PINOKIO
QUANDO de qui. a sáb., às 21h, e dom., às 20h; até 15/5
ONDE Club Noir (rua Augusta, 331; tel. 3255-8448)
QUANTO R$ 10
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
segunda-feira, 14 de março de 2011
Revista Folha de São Paulo destaca a estréia de PINOKIO
sexta-feira, 4 de março de 2011
PINOKIO é a nova peça do Club Noir.
“Pinokio”, novo trabalho da companhia Club Noir, culmina e sintetiza toda a técnica original que desenvolvemos em nossos 5 anos de trajetória. É nossa obra definitiva, que concretiza nossa pesquisa de criação de alteridades radicais em cena. (Roberto Alvim, diretor.)
O título faz menção à fábula de Carlo Collodi, na qual um boneco transforma-se em ser humano. Aqui, seres humanos metamorfoseiam-se em uma espécie de transhumanidade, através da hibridação de corpos e máquinas. A ação se dá em um mundo inteiramente inventado, habitado por criaturas que existem através de uma linguagem neológica, configurando uma nova mitologia.
Serviço:
“Pinokio”
Texto e direção: Roberto Alvim.
Elenco: Juliana Galdino, Rodrigo Pavon, Janaína Afhonso, José Geraldo Jr. e Katiana Rangel
Quando: de quinta a sábado, 21h; domingo, 20h.
Onde: Club Noir. Rua Augusta, 331, Consolação, São Paulo.
Informações: 3255-8448 / 3257-8129.
Ingressos: R$ 10,00.
Duração: 50 minutos.
terça-feira, 1 de março de 2011
Club Noir no programa Starte - Globo News
Diversidade de repertório toma conta das salas de teatro
Veja quatro peças de diferentes gêneros que estão em cartaz no Rio de Janeiro e de São Paulo no verão de 2011.