teatro - bistrô - café - livraria - jazz

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rua augusta 331 consolação tels:3255-8448 * 3257-8129

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Encontro de Monólogos



 Quarta, 21h

O Mal Dito

Inspirado em Isidore Ducasse

Adaptação, atuação e direção - Fransérgio Araújo

Sinopse: Um homem atormentado por sua existência questiona 

a razão da sua vida. Sua revolta contra o Criador o transforma 

em um individuo cruel, seu pessimismo o deprime. Ter assistido 

a morte de sua mãe quando era adolescente fez o autor impor a 

si ações humanas virulentas. Acreditando na morte como saída 

do seu desespero, ele dá seus últimos suspiros para fugir da 

crucificação, imposta pela providência divina.

Quinta, 21h

Vincent Willem van Gogh

Texto, Atuação e Direção: Alexandre Ferreira
Supervisão de Ator: Emerson Danesi
Produção: De Marchi Produções 

Sinopse: Após acordar de um terrível pesadelo Vincent Willem 

van Gogh, sozinho em seu possível quarto-ateliê, reflete sobre a 

sua vida e a sua obra, compartilhando - em meio a este turbilhão 

de pensamentos e emoções - cartas enviadas ao seu irmão Théo.

Sexta, 21h

Aberdeen - Um Possível Kurt Cobain 

Texto: Sérgio Roveri

Direção: José Roberto Jardim

Elenco: Nicolas Trevijano

Sinopse: O espetáculo se passa ao longo dos três dias em que 

o músico foi dado como desaparecido – até seu corpo ser 

encontrado na estufa da mansão de Seattle, nos Estados Unidos, 

onde vivia. Em uma conversa com Boddah, um amigo imaginário 

que tinha na infância, o líder da banda Nirvana discorre sobre 

temas como a música, a família, o abuso de drogas e a solidão, 

evitando os relatos de sucesso e os bastidores da fama.

Sábado, 21h

Comunicação a Uma Academia

Texto: Franz Kafka

Direção e Tradução: Roberto Alvim

Elenco: Juliana Galdino e Fernando Gimenes

Sinopse: 

Diante de uma Academia não especificada (representação de 

todas as instituições dedicadas ao conhecimento humano), um 

macaco (interpretado por Juliana Galdino) se apresenta, 

visando fazer uma estranha comunicação: o relato de como se 

tornou humano. Separado por uma linha divisória dos 

excelentíssimos senhores acadêmicos, e vigiado 

constantemente por um discreto – mas atento – guarda 

armado, ele fala. E ao falar, revela o processo de transformação 

gradual – e incontornável –através do qual se tornou o que não 

era. Uma metáfora terrível de toda forma de condicionamento, 

colonialismo, adestramento e aculturação, o texto de Franz 

Kafka suscita a reflexão a respeito de questões urgentes e 

graves da era globalizada.

Domingo, 20h

A Obscena Senhora D.

Adaptação: Susan Damasceno e Germano Melo

Direção: Rosi Campos e Donizeti Mazonas

Elenco: Susan Damasceno

Sinopse: O espetáculo traz a vida da autora, dramaturga e poeta 

brasileira Hilda Hilst. Na obra, a personagem Hille, apelidada 

pelo marido de Senhora D, aos sessenta anos decide viver num 

vão de escada. Lá, ela se entrega a uma busca pelo sentido 

de elementos de sua vida, como sua relação com seu marido, 

recentemente falecido. Há momentos em que sua sanidade é 

desafiada e Hille entra em confronto com a velhice, o abandono, 

a ruína, o absurdo contido na sucessão dos dias e a própria 

morte.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Em Cartaz: V Paralela Noir

de tempos em tempos, Juliana Galdino e Roberto Alvim ministram oficinas para atores no Club Noir.
estas oficinas resultam em montagens, que são apresentadas para o público em nosso teatro em temporadas de cerca de 2 meses, de quinta a domingo, com entrada gratuita.
este projeto se chama PARALELA NOIR.
nesta semana estrearemos a V PARALELA NOIR, composta por duas obras:
NEKROPOLIS, com texto de Roberto e direção da Juliana, que ficará em cartaz às quintas e sextas às 21h, e
PEQUENOS HOLOCAUSTOS, com texto e direção de Roberto (a partir da obra de Nelson Rodrigues), que ficará em cartaz aos sábados às 21h e aos domingos às 20h.


NEKROPOLIS
estreia 9 de maio
quintas e sextas às 21h

PEQUENOS HOLOCAUSTOS
estreia 11 de maio
sábados 21h e domingos 20h

ENTRADA GRATUITA
(retire os ingressos no CLUB NOIR 1 hora antes dos espetáculos)

CLUB NOIR - Rua Augusta, 331 - tels: 3255-8448 / 3257-8129




segunda-feira, 8 de abril de 2013

Exposição de Zed Nesti no Club Noir


COMUNICAÇÃO A UMA ACADEMIA em curta temporada.





COMUNICAÇÃO A UMA ACADEMIA
de Franz Kafka

direção de Roberto Alvim

com Juliana Galdino e Zé Geraldo Jr.

em curta temporada no Centro Internacional de Teatro - ECUM

(Rua da Consolação, 1623 Consolação – São Paulo)

de 17 de Abril a 9 de Maio
quartas e quintas, às 21h

Diante de uma Academia não especificada (representação de todas as instituições dedicadas ao conhecimento humano), um macaco (interpretado por Juliana Galdino) se apresenta, visando fazer uma estranha comunicação: o relato de como se tornou humano. Separado por uma linha divisória dos excelentíssimos senhores acadêmicos e vigiado constantemente por um discreto - mas atento - guarda armado, ele fala. E ao falar, revela o processo de transformação gradual - e incontornável - através do qual se tornou o que não era. Uma metáfora terrível de toda forma de condicionamento, colonialismo, adestramento e aculturação, o texto de Franz Kafka suscita a reflexão a respeito de questões urgentes e incontornáveis em nossa época globalizada.

Entrevista Roberto Alvim - Folha de São Paulo 05/04/2013



05/04/2013 - 03h17

'Não há nada para aprender com criadores do teatro moderno no Brasil', diz Roberto Alvim


GUSTAVO FIORATTI

ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA
A influência do diretor e dramaturgo Roberto Alvim em artistas jovens de Curitiba e de São Paulo se consolidou por duas vias principais: pela potência de suas criações, escuras, sem personagens definidos e de narrativas estilhaçadas rumo ao abstrato; e depois pela divulgação, em sala de aula, de fundamentação teórica construída simultaneamente à obra. Mais como artista do que como professor, Alvim ministrou aulas e oficinas na sede de seu grupo em região central da capital paulista, o Club Noir, e também no Núcleo de Dramaturgia do Sesi de Curitiba.
Dramaturgo Roberto Alvim inspira nova geração do teatro
Com o título Transumano, criado por ele próprio, à frente de sua produção e do espectro que estabeleceu como artista e pensador, Alvim busca "problematizar o sujeito". Bem resumidamente: em cena, seu pensamento origina um tipo de linguagem que dá potência à palavra. Atores passam a assumir vozes, mais do que personagens. Os contornos de objetos e de pessoas, desenhados pelo contraste entre luz e escuridão, permitem novas percepções visuais, algo que, para ele, "fala ao inconsciente". A imobilidade remete à técnicas das artes visuais, há mais tons de xilogravuras do que da pintura propriamente.
Após apresentar, no Festival de Curitiba, seu mais recente trabalho, "Haikai", Alvim concedeu entrevista à Folha --por e-mail, o que possibilitou manter a íntegra da conversa.
*
Folha - Há cerca de dois anos, você começou a falar sobre o Transumano, um gênero, ou uma escola, ou um estilo criado por você. Você pode falar um pouco sobre o Transumano?
Roberto Alvim - Transumano é um conceito ligado a problematizações radicais do sujeito. Transumano é dramaturgia de invenção: invenção de outros mundos linguísticos, habitados por outras formas de vida.
Sua proposta é que o Transumano seja praticado também por outros artistas? Você sente a necessidade de criar uma escola, ou um tipo de arte ou de teatro que possa ser praticado por outros artistas, hoje?
É preciso problematizar nossa ideia estabelecida acerca do que seja o sujeito, para que desenhos outros da condição humana possam ser traçados em cena. O Transumano não é uma coisa; ele é o fim de uma coisa, e a abertura de infinitas possibilidades de invenção: outras experienciações de tempo e espaço, através de novas arquiteturas linguísticas.
Mas você vê o transumano como identidade própria, ou como algo a ser reafirmado em outras obras, como uma escola? Ou não é nenhum dos dois?
Transumano é um posicionamento existencial, a partir do qual vê-se o teatro como campo de invenção de outros mundos, habitados por outras formas de vida. Quem inventa estes mundos e estas formas de vida é cada um dos autores, e não há como haver similiaridades formais. O que há em comum é um posicionamento existencial, que percebe o teatro como o lugar da alteridade.
Como incentivar as singularidades de seus alunos? Você vê singularidades nos trabalhos que foram influenciados por você?
O conceito de transumano visa limpar o terreno para que singularidades possam eclodir. Diante do trabalho de um aluno, se reconheço algum sistema formal pré-existente, então eu digo "não"; se percebo um sistema formal da ordem da alteridade, então eu digo "sim".
Seu teatro está influenciando uma geração de jovens artistas, especialmente em Curitiba e em São Paulo, como tem sido possível constatar no Fringe, aqui em Curitiba. Em que nível se dá sua relação com esses artistas e com seus trabalhos? Você reconhece essa influência?
Minha maior influência é a de propagar que a singularidade é o tema perpétuo da criação artística. Tudo é em prol da conquista (por cada artista) de uma instância de singularidade, e é, portanto, contra qualquer ventriloquismo. O teatro só sobrevive na medida em que se reinventa permanentemente; e reinventar o teatro é reinventar o homem.
Em que medida o espectro que você criou dá a você mais ou menos liberdade de criação?
Não tenho medo de espectros; tenho fascínio. E minha liberdade é uma conquista diária.
Recentemente, você criticou, no Facebook, o tipo de interpretação da velha guarda, o tipo de interpretação praticado pela atriz Fernanda Montenegro. O que é preciso mudar, na sua opinião?
Não há nada para aprender com a geração de atores que criou o teatro moderno no Brasil. Grandes, imensos atores, mas que sempre trabalharam norteados por uma idéia específica acerca da condição humana (a idéia moderna de sujeito que temos desde o Renascimento). São grandes atores figurativos, que desenvolveram uma técnica incrível, mas que não dá conta das dramaturgias contemporâneas, revolucionárias em suas formas e proposições acerca do que seja a experiência humana. Se nos pautarmos na forma de atuação destes atores, soterraremos a possibilidade de criação de novos procedimentos técnicos, exigidos por estas dramáticas, que promovem outros desenhos, outros modos de vermos e habitarmos a vida, o tempo, o espaço. Quando a dramaturgia aponta para lugares inaugurais, é preciso que se crie novas abordagens em termos de encenação e atuação. As técnicas que até então vigoraram devem ser esquecidas, completamente, sob o risco de obliterarem a habitação das novas formas, e de quebrarem a espinha dorsal destas novas poéticas, que exigem a invenção de novos métodos de atuação, haja vista que promovem outros desenhos acerca do que seja a vida humana.
Nas artes plásticas, o abstracionismo mostrou, na primeira metade do século 20, que havia alternativas à pintura figurativa. O figurativo, por sua vez, foi retomado pela arte pop, nos anos 1960. Hoje, as Bienais, as artes visuais, parecem ter deixado a questão de lado. Tentar estabelecer, no teatro, este jogo já superado pelas artes visuais não é também permanecer "em atraso" em relação ao "campo de expressão vizinho"?
Quem está estabelecendo este jogo simplório (abstrato versus figurativo) é esta pergunta... O meu jogo é entre conhecido e desconhecido; entre cognoscível e incognoscível. Quero que o teatro abra infinitas veredas de experienciação estética que até então não haviam sido trilhadas. Que o teatro proporcione experienciações do desconhecido, através de sistemas cênicos da ordem da invenção radical. Uma técnica é uma visão de mundo: se a visão de mundo muda, é preciso a invenção de novas/outras técnicas, que possam traduzí-la e expandí-la em caminhos estéticos não-mapeados
.


sexta-feira, 8 de março de 2013

GRIMORIUM ENCERRA A MOSTRA BRASILEIRA DE DRAMATURGIA CONTEMPORÂNEA DO CLUB NOIR. EM 8 MESES, 8 PEÇAS E UMA NOVA GERAÇÃO AUTORES




No palco, oito atores - Bruno Ribeiro, Ricardo Grasson, Fernando Gimenes, Frann Ferraretto, Gabriela Ramos, Paula Spinelli, Marcelo Rorato e Luiz Felipe Bianchini. Juliana Galdino é responsável pelo figurino. A montagem de Roberto Alvim privilegia o minimalismo em elementos como a imobilidade dos atores, que se desdobram em movimentos reduzidos e desacelerados, ambientados por uma luz fria e de penumbra. A oitava produção do evento tem seu nome tirado de uma espécie de bíblia satânica, livro de magia negra do século XVIII, repleto de invocações de criaturas infernais. A peça remete a uma súplica demoníaca: dois feiticeiros (um homem e uma mulher) inventam, por meio da linguagem, uma nova criatura, que vai habitar e povoar um novo mundo. Mas a evocação abre portais insuspeitados, permitindo a presença de uma série de criaturas mágicas, que passam a habitar os corpos daqueles que a criaram, instaurando um processo caótico e incontrolável de criação e destruição. O autor Alexandre França inspirou-se no poema clássico Teogonia, do grego Hesíodo, o mais antigo poeta de que se tem notícia; na obra Metamorfoses, do poeta latino Ovídio; e no gênesis bíblico. A peça fala sobre a construção de um novo mito de criação. "Grimorium é o testemunho do primeiro mito de criação transumano. As vozes se constroem, se destroem, se recriam. É um processo que se dá em desdobramentos internos e externos. A impressão é que não sabemos de onde as criaturas da peça surgiram. Novas aparecem em cena, baseadas nas primeiras, enquanto as figuras se transformam em outras. Foi a aposta mais alta que já fiz em termos de investimento artístico", conta o autor. A Mostra Brasileira de Dramaturgia apresentou as seguintes peças: HIERONYMUS NAS MASMORRAS (de 17 de julho a 9 de agosto), (EM) BRANCO (14 de agosto a 6 de setembro), AQUI (de 18 de setembro a 11 de outubro), HAPPYCINIO (de 16 de outubro a 8 de novembro), PROCURADO (13 de novembro a 6 de dezembro), FATIA DE GUERRA (de 15 de janeiro a 7 de fevereiro de 2013), AGRONEGÓCIO (de 12 de fevereiro a 7 de março). 


estreia 12 de março

CLUB NOIR - Rua Augusta, 331 - Consolação - Telefone - 3255-8448 / 3257-8129. Ingresso: gratuito (senhas distribuídas 1 hora antes do início do espetáculo). Duração: 40 minutos. Temporada: terças, quartas e quintas às 21h.  Assessoria de Imprensa: Arteplural. Realização: CLUB NOIR. Capacidade: 42 lugares. Classificação etária- 16 anos.