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terça-feira, 27 de abril de 2010
Comunicação a uma Academia em Curitiba.
Curitiba é a próxima cidade a receber O PROGRAMA BR DE CULTURA, com o espetáculo COMUNICAÇÃO A UMA ACADEMIA da CIA CLUB NOIR. Dias 14, 15 e 16 de Maio no Auditório Glauco Flores de Sá Brito.
domingo, 25 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Hamlet e o Édipo
Do site http://fernandalerato.blogspot.com/2010/04/hamlet-e-o-convite-ao-edipo_15.html
está em cartaz no club noir uma montagem adaptada de hamlet. essa foi a terceira ou quarta peça que vi no noir, e confesso que geralmente as peças lá vistas e dirigidas pela premiada juliana galdino me causam um certo estranhamento, um sensação oscilante de gosto e desgosto... mas o que quero contar nesse momento é sobre a ousadia dessa montagem de hamlet, e mais especificamente das cenas que remetem, aliás, escancaram o édipo. em um dado momento, a plateia é convidada por uma até então curiosa figura (o burro, do inconsciente de hamlet), a pensarem na morte do pai, do próprio pai, dada a argumentação que nenhuma cena ou imagem seria capaz de retratar o que isso pode mobilizar. e dado o convite, na penumbra, durante cerca de um minuto, a plateia se coloca diante da morte do pai em seus pensamentos... ao menos é esse o ousado convite. as cenas são retomadas... e dada a já sabida morte do pai, eis que o filho e a mãe encontram-se diante do desejo. ora, e como não há nada mais angustiante que encontrar o desejo, eis que torna-se inevitável, aos até então esquivos da morte do pai, a sensação da angústia ao deparar-se com a presença total da mãe. já sem o pai, que simbolicamente é quem alimenta a ilusão de intervir o sujeito entrar em contato com o objeto de gozo, com a invasão da "coisa" da mãe, eis que é literalmente gritante a angústia e consequentemente a tentativa de acabar com o objeto causa de angústia, isto é, a falta da falta.
(texto: fernanda pereira)
(foto: hamlet, club noir)
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aos apetecidos, fica a dica, hamlet, club noir, rua augusta, 331, sextas e sábados 21h e domingos 20h, até 23 de maio.
texto de roberto alvim e direção de juliana galdino
está em cartaz no club noir uma montagem adaptada de hamlet. essa foi a terceira ou quarta peça que vi no noir, e confesso que geralmente as peças lá vistas e dirigidas pela premiada juliana galdino me causam um certo estranhamento, um sensação oscilante de gosto e desgosto... mas o que quero contar nesse momento é sobre a ousadia dessa montagem de hamlet, e mais especificamente das cenas que remetem, aliás, escancaram o édipo. em um dado momento, a plateia é convidada por uma até então curiosa figura (o burro, do inconsciente de hamlet), a pensarem na morte do pai, do próprio pai, dada a argumentação que nenhuma cena ou imagem seria capaz de retratar o que isso pode mobilizar. e dado o convite, na penumbra, durante cerca de um minuto, a plateia se coloca diante da morte do pai em seus pensamentos... ao menos é esse o ousado convite. as cenas são retomadas... e dada a já sabida morte do pai, eis que o filho e a mãe encontram-se diante do desejo. ora, e como não há nada mais angustiante que encontrar o desejo, eis que torna-se inevitável, aos até então esquivos da morte do pai, a sensação da angústia ao deparar-se com a presença total da mãe. já sem o pai, que simbolicamente é quem alimenta a ilusão de intervir o sujeito entrar em contato com o objeto de gozo, com a invasão da "coisa" da mãe, eis que é literalmente gritante a angústia e consequentemente a tentativa de acabar com o objeto causa de angústia, isto é, a falta da falta.
(texto: fernanda pereira)
(foto: hamlet, club noir)
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aos apetecidos, fica a dica, hamlet, club noir, rua augusta, 331, sextas e sábados 21h e domingos 20h, até 23 de maio.
texto de roberto alvim e direção de juliana galdino
Fábrica de Animais comemora o aniversário de Fernanda D'Umdra no Club Noir
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Goiânia recebe o espetáculo Comunicação a uma Academia da premiada Cia. CLUB NOIR de São Paulo
Projeto idealizado pelo Club Noir com texto de Franz Kafka chega a capital selecionado pelo Programa BR de Cultura 2009/2010
A peça Comunicação a uma Academia, texto de Franz Kafka, direção de Roberto Alvim, com a atriz Juliana Galdino e com o ator José Geraldo Jr., poderá ser conferida em Goiânia nos dias 16, 17 e 18 de abril. A montagem da Companhia Club Noir integra o Programa BR de Cultura 2009/2010 e irá circular por cinco capitais brasileiras: Goiânia, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba e Vitória. Em Goiânia, a apresentação irá ocorrer no Teatro Goiânia Ouro e marca a abertura do 2˚ Festival Nacional de Teatro de Goiânia (18 de Abril), como espetáculo convidado.
A encenação de Comunicação a uma Academia destoa da proposta inicial da Companhia Club Noir, que é a de produzir exclusivamente peças de autores contemporâneos. Isso ocorreu devido ao encontro da companhia com a obra Franz Kafka, as questões nela presentes, urgentes em seu conteúdo e brilhantemente compostas em sua forma. “A síntese altamente dramática, elaborada pelo autor, tornaram o texto incontornável para nós. Sua pertinência e atemporalidade tornam o diálogo com o público de hoje tão potente quanto aquele estabelecido pelas melhores obras produzidas na contemporaneidade”, explica Roberto Alvim. A exceção rendeu a companhia sucesso de público e de críticas. Além de fazer parte do Programa BR de Cultura em 2009 e 2010, Comunicação a uma Academia foi indicada ao Prêmio Shell 2009, na categoria melhor atriz para Juliana Galdino, da Cia. Club Noir, de São Paulo. O espetáculo também conquistou consagração ao participar de projetos como FIAC Bahia, Vitrine Cultural 2009, promovido pelo do Centro Cultural Silvio Santos, foi destaque no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto-FIT, na Mostra de Teatro de Uberlândia, no Espaço Mosaico em Brasília, no Sesc Santo André e em temporada no Teatro do Club Noir.
domingo, 11 de abril de 2010
PROJETO ADEMAR GUERRA
H.A.M.L.E.T. foi um dos cinco espetáculos indicados pelo Projeto Ademar Guerra
H.A.M.L.E.T
Do site http://www.pameladuncan.art.br/?p=350
Roberto Alvim assina proposta contemporânea da obra de William Shakespeare, H.A.M.L.E.T
Na direção, cenário e figurinos encontramos a talentosa Juliana Galdino,com direção precisa e contida, perfilando o universo sombrio da peça de Shakespeare.
Cenário e figurinos bem conceituados revelam que a companhia Club Noir cuidou bem da estética geral desta montagem.
Vale a pena conferir e ficar atento aos próximos trabalhos da companhia Club Noir.
Versão contemporânea do clássico de William Shakespeare
A montagem é ambientada num quarto de hospital onde Hamlet está internado depois de sofrer uma crise nervosa. Neste cenário (ao mesmo tempo asséptico e convulsionado) se instaura uma atmosfera de delírio. Polônio aparece aqui como um médico psiquiatra; Ofélia como uma frágil enfermeira; Gertrudes como uma viciada em analgésicos; Hamlet como um homem obeso, permanentemente dopado.
A montagem é ambientada num quarto de hospital onde Hamlet está internado depois de sofrer uma crise nervosa. Neste cenário (ao mesmo tempo asséptico e convulsionado) se instaura uma atmosfera de delírio. Polônio aparece aqui como um médico psiquiatra; Ofélia como uma frágil enfermeira; Gertrudes como uma viciada em analgésicos; Hamlet como um homem obeso, permanentemente dopado.
Roberto Alvim assina proposta contemporânea da obra de William Shakespeare, H.A.M.L.E.T
Na direção, cenário e figurinos encontramos a talentosa Juliana Galdino,com direção precisa e contida, perfilando o universo sombrio da peça de Shakespeare.
Cenário e figurinos bem conceituados revelam que a companhia Club Noir cuidou bem da estética geral desta montagem.
O grupo de atores mostra empenho e seriedade no trabalho, após meses de pesquisa, mas alguns intérpretes não acompanham a proposta da direção, nem do autor.
Meu destaque é para a atriz Janaína Afhonso que, com conhecimento do ofício e com brilho, mostra força na interpretação e performance.
Vale a pena conferir e ficar atento aos próximos trabalhos da companhia Club Noir.
"H.A.M.L.E.T" é a nova (excelente) montagem do teatro Club Noir
Do site http://colheradacultural.com.br/content/20100323225340.000.5-N.php
por Luty Vasconcelos - 24 de março de 2010
O burro, um dos personagens do inconsciente de Hamlet, segura o icônico crânio, que na versão original é de Yorick- o bobo da corte, ou seja, o sábio do reino.
por Luty Vasconcelos - 24 de março de 2010
O burro, um dos personagens do inconsciente de Hamlet, segura o icônico crânio, que na versão original é de Yorick- o bobo da corte, ou seja, o sábio do reino.
Não. Essa não é apenas mais uma montagem de Hamlet. O Teatro Club Noir apresenta "H.A.M.L.E.T", com direção de Juliana Galdino -- vencedora do Prêmio SHELL 2002 de Melhor Atriz e indicada à mesma categoria em 2009 --, em mais uma das várias parcerias assertivas com o dramaturgo Roberto Alvim, autor do texto inspirado no clássico shakesperiano mais encenado da história.LEIA MAIS: Um palco, um macaco e emoções humanas -Teatro Club Noir monta texto de Kafka
Roberto Alvim “reescreveu" o clássico transportando a trama para os dias de hoje não só em rubricas teatrais, como na essência dos personagens: se Hamlet tivesse nascido na sociedade contemporânea do século 21, ele provavelmente seria mais um indivíduo com problemas familiares, doenças psiquiátricas e dependente de remédios. O texto original, escrito em 1600, marca a ideia de que o homem moderno era capaz de refletir e ter consciência sobre si mesmo e, atualmente, muitos preferem esconder essa capacidade por trás de rótulos, ou diagnósticos das doenças da atualidade, como quem ostenta uma tarja preta. Deitado em uma cama de hospital, o Hamlet gordo e careca encenado pelo ator Renato Forner vive dopado entre questionamentos íntimos e pensamentos até lúcidos, intercalados pela alucinação da droga, que o alivia das duras verdades construídas nos momentos de "lucidez". É praticamente o retrato do inconsciente de um homem atormentado pela realidade caótica que o cerca. "Os personagens originais de Shakespeare aparecem em uma roupagem nova, re-significando, deslocando e ampliando as possibilidades de leitura acerca dos múltiplos sentidos da peça", explica o autor. Tanto é assim que Polônio se torna um médico psiquiatra; Ofélia, uma frágil enfermeira, única mulher com quem Hamlet tem contato além de Gertrudes, uma viciada em analgésicos e nos prazeres da sua alienação.
A direção de Juliana Galdino mantém características de estilo da companhia, como o posicionamento dos personagens no palco desenvolvendo os diálogos que parecem criar desenhos geométricos no espaço cênico, além do ritmo cadenciado do texto. Cenografia, figurino e iluminação constroem imagens impecáveis, que nessa montagem tem ares de fotografia contemporânea. A complexidade poética vai desde as soluções estéticas das cenas até o som. Tudo impecável.
Ao final do espetáculo, a vontade que dá é de ficar comentando cenas, referências e sensações causadas em quem a assiste. Para quem gosta de teatro, "H.A.M.L.E.T" é uma excelente opção.
Serviço:H.A.M.L.E.T Teatro Club Noir. Rua Augusta, 331, Consolação.- São Paulo(11) 3255-8448
Sextas e sábados às 21h; domingo às 20h - temporada até 23 de maio
Preço: R$30,00
Atriz vencedora do Shell dirige novo Hamlet
ClickCultural
A obra mais encenada de Shakespeare, Hamlet, ganha mais uma versão contemporânea e radical - H.A.M.L.E.T estreia dia 13 de março, sábado, às 21 horas, no Club Noir, em São Paulo, e segue temporada até maio.
A peça marca a primeira direção da atriz Juliana Galdino - vencedora do Prêmio Shell 2002 de Melhor Atriz e indicada na mesma categoria ao Prêmio Shell 2009 por Comunicação a uma Academia - em mais um trabalho em parceria com o autor do texto, o dramaturgo Roberto Alvim, fundador, ao seu lado, da companhia Club Noir e cujos trabalhos já foram encenados na França, Suíça e Argentina.
A peça é ambientada num quarto de hospital onde Hamlet está internado depois de sofrer uma crise nervosa. Neste cenário (ao mesmo tempo asséptico e convulsionado) se instaura uma atmosfera de delírio. "Os personagens originais de Shakespeare aparecem em uma roupagem nova, re-significando, deslocando e ampliando as possibilidades de leitura acerca dos múltiplos sentidos da peça", explica o autor.
A diretora explica ter concebido uma encenação enigmática, repleta de poesia, violência e humor negro. "Pretendemos construir um espetáculo de grande sofisticação estética, carregado de perguntas incontornáveis para o público contemporâneo", completa.
http://clickcultural.virgula.uol.com.br/teatro/nota-atriz_vencedora_do_shell_dirige_novo_hamlet-11713.html
A obra mais encenada de Shakespeare, Hamlet, ganha mais uma versão contemporânea e radical - H.A.M.L.E.T estreia dia 13 de março, sábado, às 21 horas, no Club Noir, em São Paulo, e segue temporada até maio.
A peça marca a primeira direção da atriz Juliana Galdino - vencedora do Prêmio Shell 2002 de Melhor Atriz e indicada na mesma categoria ao Prêmio Shell 2009 por Comunicação a uma Academia - em mais um trabalho em parceria com o autor do texto, o dramaturgo Roberto Alvim, fundador, ao seu lado, da companhia Club Noir e cujos trabalhos já foram encenados na França, Suíça e Argentina.
A peça é ambientada num quarto de hospital onde Hamlet está internado depois de sofrer uma crise nervosa. Neste cenário (ao mesmo tempo asséptico e convulsionado) se instaura uma atmosfera de delírio. "Os personagens originais de Shakespeare aparecem em uma roupagem nova, re-significando, deslocando e ampliando as possibilidades de leitura acerca dos múltiplos sentidos da peça", explica o autor.
A diretora explica ter concebido uma encenação enigmática, repleta de poesia, violência e humor negro. "Pretendemos construir um espetáculo de grande sofisticação estética, carregado de perguntas incontornáveis para o público contemporâneo", completa.
http://clickcultural.virgula.uol.com.br/teatro/nota-atriz_vencedora_do_shell_dirige_novo_hamlet-11713.html
ClickCultural entrevista diretora de H.A.M.L.E.T
É preciso coragem para estrear como diretora montando simplesmente a obra mais encenada de Shakespeare em todo o mundo. Foi exaramente isso que fez a atriz vencedora do Prêmio Shell, Juliana Galdino.
A peça H.A.M.L.E.T estreou em março e faz temporada as sextas e sábados, às 21 horas e aos domingos às 20 horas, no Club Noir, em São Paulo até maio. Confira abaixo a entrevista de nossa equipe com a atriz e diretora:
ClickCultural - Essa é sua estreia como diretora de cara com uma versão de Shakespeare. De onde surgiu a ideia?
Juliana Galdino - Acredito ser fundamental escolher uma obra, um texto onde as questões propostas pelo autor acabam refetindo as suas próprias questões. Não escolho uma obra pensando no que eu posso fazer com ela, mas no que ela pode fazer comigo. Uma obra que desdobre para além das fronteiras conhecidas o ser humano em toda sua potência.
ClickCultural - Você sente uma responsabilidade em função do peso do texto?
Juliana Galdino - A mesma se estivesse montando Nelson ou Plínio, ou Tchecov. Há um longo percurso entre a escolha e a realização da obra. Já assisti montagens em que o autor poderia ser considerado um estúpido. É um verdadeiro massacre! A encenação e a atuação, todas as escolhas estéticas, todos os signos devem ser colocados de maneira a dialogar com o inconsciente da obra, com o inconsciente do autor, e nunca o contrário, para que a platéia também possa deixar sua sensibilidade re-agir plenamente.Tenho um respeito muito grande pela platéia e acho que apresentar a ela um ser humano infantilizado, superficial, banal, ou uma obra maniqueista ou simplista é uma loucura.
ClickCultural - O texto já foi adaptado e é famoso em todo o mundo. Na sua opinião qual é o diferencial dessa releitura?
Juliana Galdino - Meu Hamlet não é viagra, é pau mole mesmo. Não é herói nem vítima, é qualquer um, é ninguém e é uma alteridade. Fisicalizar as metáforas foi o meio, não para reduzir, mas para valorizar as significações contitidas na obra. Anestesiar Hamlet em uma cama de hospital, na tentativa de eliminar sua sensibilidade, tornando-o indiferente e apático, por exemplo, é, ao meu ver, um posicionamento político, crítico, que além de detectar um sintoma contemporâneo, questiona-o e o subverte.
ClickCultural - Hamlet, nesta versão é um homem obeso e que vive dopado. Como se deu este processo de reler os personagens e acrescentar características contemporâneas?
Juliana Galdino - A conquista da sigularidade é a maior de todas as conquistas. Num mundo onde, desde a primeira infância somos bombardeados por uma cultura hegemônica, por padrões de comportamento que só primam pela adequação, pelo adestramento, pela desistência do novo e pela resolução dos mistérios da vida. Francamente, não consigo imaginar outro lugar para descansar a "sólida carne" de um Hamlet do sec. XXI. A roupagem pode até ser atual, mas continua sendo a velha nova roupa do rei...
SERVIÇO
Temporada: Estreia em 13 de março, às 21h. Segue até 23 de maio. Sextas e sábados, às 21h; domingos, às 20h.
Local: Club Noir - Rua Augusta, 331 - Consolação - São Paulo/SP.
Contato: (11) 3255-8448
Preço: R$30 e R$15
Classificação etária: 18 anos
Duração: 70 minutos
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