Em junho, Juliana Galdino e Roberto Alvim vão estrear, com a companhia Club Noir, as sete peças de Ésquilo, reunidas no projeto Peep Classic, em São Paulo.
O espaço de encenação é significativo: fechado dentro de cabines, o que cria proximidade, em vez da arena gigantesca do Epidaurus grego, que induzia à gritaria. "A catarse não é a explosão, é o silêncio", concluiu Juliana.
Fiel à sua estética de imobilidade e escuridão, a companhia reduziu os textos à medula, fugindo da morosidade afinal, como observa Juliana, três palavras gregas viram dez em português.
Para a diretora e atriz, que interpreta Prometeu, é preciso se colocar no mesmo lugar do autor. "Se você estiver abaixo ou acima, é capaz de alterar o sentido da obra dele".