A peça, com texto e direção de Roberto Alvim e encenado pela atriz Juliana Galdino, é a obra que marca a estréia da companhia Club Noir, dedicada à criação de obras originais que dialoguem provocativamente com a contemporaneidade.
Anátema é a história de uma serial killer contada em primeira pessoa. Sua descoberta do assassinato, sua motivação, a relação com suas vítimas. A proposta da encenação é uma reflexão radical sobre o significado da vida – e da morte – nos dias atuais.
Entre os trabalhos realizados por Juliana, nos sete anos em que no Centro de Pesquisas Teatrais, CPT, estão Fragmentos troianos (2000), Medeia (2001-02) e O canto de Gregório (2004).
Vencedora do Prêmio Shell 2002 por seu desempenho em Medeia, Juliana continua o já consagrado trabalho que havia iniciado com Antunes: o ator como ponto central da cena, trabalhando exaustivamente seu personagem.
No monólogo, conduzido por uma relação direta e perturbadora com a platéia, o cenário resume-se a uma sala vazia e uma cadeira (num nicho que remete à obra do pintor Francis Bacon). Uma mulher fala à platéia. Seu tema: o assassinato como um ato de amor. Fala sobre sua busca – a busca por compreender o que significa estar realmente vivo – e o caminho que a levou a matar sete pessoas, exibindo as fotos de suas vítimas.
O texto questiona: seriam os serial killers os heróis da cultura de nosso tempo? Da década de 60 até hoje, os filmes, livros e programas sobre assassinato em série se multiplicaram, e o protagonista anti-herói se tornou uma espécie de retrato da violência contemporânea. Às vezes aparecendo como criaturas estúpidas, atormentadas pelos próprios fantasmas, outras vezes como gastrônomos refinados ou brilhantes manipuladores, mas todos retratos do cotidiano contemporâneo.
Anátema é a história de uma serial killer contada em primeira pessoa. Sua descoberta do assassinato, sua motivação, a relação com suas vítimas. A proposta da encenação é uma reflexão radical sobre o significado da vida – e da morte – nos dias atuais.
Entre os trabalhos realizados por Juliana, nos sete anos em que no Centro de Pesquisas Teatrais, CPT, estão Fragmentos troianos (2000), Medeia (2001-02) e O canto de Gregório (2004).
Vencedora do Prêmio Shell 2002 por seu desempenho em Medeia, Juliana continua o já consagrado trabalho que havia iniciado com Antunes: o ator como ponto central da cena, trabalhando exaustivamente seu personagem.
No monólogo, conduzido por uma relação direta e perturbadora com a platéia, o cenário resume-se a uma sala vazia e uma cadeira (num nicho que remete à obra do pintor Francis Bacon). Uma mulher fala à platéia. Seu tema: o assassinato como um ato de amor. Fala sobre sua busca – a busca por compreender o que significa estar realmente vivo – e o caminho que a levou a matar sete pessoas, exibindo as fotos de suas vítimas.
O texto questiona: seriam os serial killers os heróis da cultura de nosso tempo? Da década de 60 até hoje, os filmes, livros e programas sobre assassinato em série se multiplicaram, e o protagonista anti-herói se tornou uma espécie de retrato da violência contemporânea. Às vezes aparecendo como criaturas estúpidas, atormentadas pelos próprios fantasmas, outras vezes como gastrônomos refinados ou brilhantes manipuladores, mas todos retratos do cotidiano contemporâneo.
Texto de Roberto Alvim
Direção de Roberto Alvim
Com Juliana Galdino
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