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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Folha de São Paulo destaca "Hieronymus nas Masmorras" no FRINGE


Festival revela peças que buscam nova escrita teatral

CHRISTIANE RIERA
ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA

Uma volta à dramaturgia de autor. É no campo da busca por uma nova escrita para a cena que se destacaram os espetáculos mais comentados na capital paranaense ao longo do maior festival de teatro deste país, que terminou ontem.
O enfoque seguro da mostra principal se deu com adaptações de clássicos por companhias estáveis, tais como o Grupo Galpão em "Tio Vânia" ou os Clowns de Shakespeare em "Ricardo 3º". É inegável, porém, a abertura para a diversidade na escolha de textos por dramaturgos brasileiros.
Newton Moreno com "O Livro" e "Sonhos para Vestir", escrito e interpretado por Sara Antunes, propuseram jogo cênico por meio de palavras.
"Savana Glacial", de Jô Bilac, e "As Próximas Horas Serão Definitivas", de Daniela Pereira de Carvalho, apresentaram dramaturgia elaborada, calcada em tramas.
Em "Estilhaços", escrito e dirigido por Eduardo Wotzik, texto e espaço em fragmentos diluíram palco e plateia.
Todos acima são espetáculos cariocas, vertente clara desta edição, alguns, inclusive, com apelo comercial.
É o caso de "Comedia Russa" e "Me Salve, Musical", ambos escritos por Pedro Brício. Da cena paulista, além de montagens para agradar o público, a única exceção experimental foi Ivam Cabral com "O Último Stand UP".
Na dramaturgia coletiva, o excelente "Adultério", criado pela Cia. Atores de Laura, e a Sutil Cia. com Felipe Hirsch, de volta ao caro tema do rock que celebrizou o grupo, com "Trilhas Sonoras de Amor Perdidas", parte dois da trilogia "Som & Fúria".
O Fringe mostrou-se ainda mais pulsante. Márcio Abreu surpreendeu com seu "Oxigênio" em alta voltagem e Luiz Felipe Leprevost, jovem curitibano autor de "Hieronymus nas Masmorras", inovou sob direção de Roberto Alvim e interpretação marcante de Juliana Galdino.
Em plena ascensão, a cena local trouxe à tona Marcos Damaceno, Diego Fortes, Alexandre França, Nina Rosa Sá e Andrew Knoll. Em comum, temas familiares ou domésticos despretensiosos, quebrados por linguagem cênica inventiva. Berço de Paulo Leminski, Valêncio Xavier e Manoel Carlos Karam, Curitiba reafirma sua forte verve criativa, agora também em dramaturgia.

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